domingo, 20 de janeiro de 2008

Opiniões vagas para o lixo!

Comentários vagos me irritam. Pessoas sem argumento me chocam.

Há algumas semanas eliminei a carne na minha alimentação; e ao mesmo tempo me surpreendi com certas opiniões, que me vaiaram de modo impertinente e supérfluo.

Fico pasma com a falta de respeito que as pessoas escancaram. As escolhas são individuais, e pra cada ato há com certeza uma justificativa subjetiva e plausível. As pessoas RACIONAIS fazem algo por que acreditam em consequências positivas. Ou não também, sejamos democráticos. Cada um age por conta própria. E a pior coisa que existe é tratar com escárnio as atitudes ou opiniões alheias.

Não concordar com um fato pode ser muito mais produtivo. E tentar expressar o porquê da divergência de opinião pode ser muito, mas muito interessante. Troca de experiências é economia de tempo.

Não como mais carne porque nada mais do que 2/3 do desmatamento da amazônia se dá por causa da indústria da pecuária. Não como mais porque tenho ciência de que nossa carne hoje é competitiva no mercado estrangeiro porque não pagamos por impostos ambientais, porque o lucro das exportações infelizmente é mais importante do que problemas futuros relacionados a aquecimento global e extinção de seres maravilhosos. Não como mais carne porque elas transferem energias negativas para quem as consome, porque absorvem o sofrimento e a dor dos animais - sim, eles são sensíveis.

Entendo que hoje somos o que somos por termos ingerido carne animal na era primitiva. Nosso cérebro hoje é mais evoluído graças a certos aminoácidos presentes exclusivamente na carne vermelha. E me choco diante do fato estapafúrdio de que os gases emitidos pelo gado em geral encontram-se em terceiro lugar na lista de emissões gasosas que prejudicam ainda mais o meio-ambiente. Se hoje, graças a carne, somos mais evoluidos biologicamente, seria no mínimo aceitável que evoluíssemos intelectualmente, e passássemos a relevar assuntos que realmente importam à sociedade como um todo.

Cada um com as suas escolhas.
Para mim, é mais válido substituir o lucro enérgico gerado pela indústria da pecuaria a pagar muito mais caro mais além, quando as alternativas para barrar o aquecimento do globo se tornarão cada vez mais inalcansáveis.