Sempre procuro respeitar as opiniões alheias, principalmente quando não convergem com as minhas. Ainda que eu não concorde com algum argumento, sempre tento extrair dele alguma coerência que acabe me provando que ele de fato não é totalmente inválido.
Pois bem. Foi realizado um Fórum na última quinta-feira, na faculdade onde estudo, ESPM. O tema era a respeito do conflito ocorrido entre Colômbia e Equador, o qual evidentemente se estendeu ao polêmico Chávez.
Depois de os professores palestrarem e se posicionarem sobre o incidente, abriu-se um tempo para perguntas. E é aí que surge a colocação infeliz de um novo futuro diplomata corporativo: - "Levando em consideração que os fins justificam os meios, não podemos condenar as FARC, já que eles são nada mais que um grupo revolucionário esquerdista que crê em seus ideais".
Respira, Caroline. Primeiramente, se apoiar nas palavras de Maquiavel para tentar argumentar algo que não condiz com sua principal ideologia, já é por si uma incoerência. Maquiavel preza sim o poder dos governantes, mas o faz exclusivamente para manter o BEM-COMUM em sociedade. E acreditar que os atos guerrilheiros das FARC têm fins pacíficos e benéficos para a sociedade, é o mesmo que acreditar no discurso de Bush quanto à extinção de subsídios para os produtos agrícolas norte-americanos.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia poderiam ser apenas um grupo revolucionário organizado, cujos integrantes expressariam somente uma intensa simpatia pela proposta econômica marxista. E eu os respeitaria plenamente caso tivessem tal ideologia. Mas, infelizmente, a proposta das FARC há muito já superou a proposta de Marx e Engels. Hoje, podemos considerá-los um grupo fundamentalista guerrilheiro e terrorista, que estimula e apóia o narcotráfico, além de depender de seqüestros e negociações ilegais para seu sustento.
A Colômbia hoje em dia conseguiu evoluir economicamente não somente por tecer uma excelente relação com os EUA, mas também pela competência da sua eficaz frota militar, que hoje conta com aproximadamente 400 mil homens. Entretanto, mesmo havendo esse contingente aparentemente exagerado para manter a segurança nacional, ainda não é imune às ameaças terroristas de grupos guerrilheiros esquerdistas(FARC, ELN). Tal ambiente instável é consideravelmente desvantajoso para aqueles empresários que acreditam nas oportunidades do mercado colombiano, os quais ainda não se sentem seguros a investir em tal região.
Os empresários que para lá viajam, cientes do risco que correm, já desenvolveram táticas para que não sejam seqüestrados com facilidade. Lá, eles aposentam seus trajes formais e passam a freqüentar o ambiente de trabalho vestidos de calça jeans e camiseta. Ademais, é aconselhável que em seus cartões de visita não haja qualquer menção ao cargo que exercem em suas respectivas empresas.
Já existem empresas especializadas em fazer escolta a cargas de fornecedores colombianos, para que qualquer tentativa de roubo por tais grupos seja fracassada. As ações dos grupos guerrilheiros impactam diretamente e de forma negativa na economia colombiana. Certamente, se certas atitudes fossem extinguidas(ou, melhor ainda, se tais grupos fossem exterminados) os investimentos na nação de Uribe se multiplicariam drasticamente, e tal país poderia, quem sabe, se destacar no âmbito latino-americano.
A meu ver, se for preciso intervir para o Bem-comum, tal ato é totalmente válido. Acho plausível a atitude do presidente colombiano, ainda que ele tenha violado o território do Equador ao bombardear um acampamento das FARC. A popularidade de Álvaro Uribe em suas fronteiras chegou a 85%, o que revela a aprovação do povo colombiano quanto à ação invasora. É evidente que a população colombiana sinta-se mais segura e, consequentemente, mais satisfeita.
O que acho reprovável e inconveniente foi a reação de Chávez ao incidente. O presidente, além de acirrar a crise diplomática entre Colômbia e Equador, reservou um minuto de silêncio em seu programa semanal da TV a Raúl Reyes(um dos líderes das FARC), além de relatar a profunda amizade existente entre eles. Arquivos resgatados no acampamento do grupo colombiano divulgaram, além disso, que o presidente venezuelano iria entregar, ou de fato entregou, 300 milhões de dólares às FARC.
A propósito, onde estaria Juan Carlos em uma hora dessas? Acho que somente um “Por que no te callas? ” não foi o suficiente. Pasmem, mas Hugo Chávez está surdo, além de cego. Poderia estar somente mudo, o que acham?
segunda-feira, 17 de março de 2008
domingo, 2 de março de 2008
À desigualdade dos sexos
Margareth Thatcher, Maitê Proença, Angelina Jolie, Gisele Bündchen, Ana Amélia Lemos...O que teriam em comum? Famosas? Muito mais do que isso.
Carine Martins, Patrícia Palermo, Geni Coelho, Therezinha Hermelinda. Anônimas, para o mundo. Para as pessoas que as rodeiam, são fortes o suficiente para mudar a ordem dos fatos.
Todas mulheres. Todas poderosas. Umas mais felizes que outras. Unânimes no quesito vencedoras.
É evidente a diferença entre os sexos. Há um abismo entre o funcionamento de nossas mentes e corpos, e isso data principalmente de nossa evolução histórica.
Felizes aqueles que, em um dia pré-histórico, nos designaram tarefas domésticas e de proteção a nossa cria. Hoje, ao nos compararmos a eles, temos muito mais dificuldade de desconcentração do que os mesmos. Temos mais facilidade em acumular tarefas, nunca divergindo nossa atenção. Nossa visão é muito mais ampla. E nossos atos racionais quase sempre se confundem com nossas emoções. É por isso que talvez sejamos mais explosivas, mais fanáticas, mais intensas, mais espontâneas e muito mais interessantes.
Mas graças ao Tempo hoje nos desvinculamos de nosso clássico estereotipo. As mulheres hoje em dia são muito mais resistentes a se reservarem aos filhos e às tarefas da casa. Estamos prontas para a batalha, pois não temos mais o que temer. Já somos tanto ou mais fortes que eles.
O reconhecimento dentro da casa já não nos satisfaz. Criamos asas, agora podemos voar. Voaremos como professoras, diplomatas, governadoras, dentistas, advogadas, empreendedoras.
Nosso limite, ainda que haja cinzas de um infeliz preconceito, somos nós mesmas. E se alguém ousar frear nossas pretensões, prepare-se para se surpreender.
Porque somos, em nossa natureza, muito persistentes. Enquanto não alcançarmos aquilo que nos é merecido, não sossegaremos.
Porque não somos mais o sexo frágil, somos de fato o sexo superior. Um brinde à eterna desigualdade.
Carine Martins, Patrícia Palermo, Geni Coelho, Therezinha Hermelinda. Anônimas, para o mundo. Para as pessoas que as rodeiam, são fortes o suficiente para mudar a ordem dos fatos.
Todas mulheres. Todas poderosas. Umas mais felizes que outras. Unânimes no quesito vencedoras.
É evidente a diferença entre os sexos. Há um abismo entre o funcionamento de nossas mentes e corpos, e isso data principalmente de nossa evolução histórica.
Felizes aqueles que, em um dia pré-histórico, nos designaram tarefas domésticas e de proteção a nossa cria. Hoje, ao nos compararmos a eles, temos muito mais dificuldade de desconcentração do que os mesmos. Temos mais facilidade em acumular tarefas, nunca divergindo nossa atenção. Nossa visão é muito mais ampla. E nossos atos racionais quase sempre se confundem com nossas emoções. É por isso que talvez sejamos mais explosivas, mais fanáticas, mais intensas, mais espontâneas e muito mais interessantes.
Mas graças ao Tempo hoje nos desvinculamos de nosso clássico estereotipo. As mulheres hoje em dia são muito mais resistentes a se reservarem aos filhos e às tarefas da casa. Estamos prontas para a batalha, pois não temos mais o que temer. Já somos tanto ou mais fortes que eles.
O reconhecimento dentro da casa já não nos satisfaz. Criamos asas, agora podemos voar. Voaremos como professoras, diplomatas, governadoras, dentistas, advogadas, empreendedoras.
Nosso limite, ainda que haja cinzas de um infeliz preconceito, somos nós mesmas. E se alguém ousar frear nossas pretensões, prepare-se para se surpreender.
Porque somos, em nossa natureza, muito persistentes. Enquanto não alcançarmos aquilo que nos é merecido, não sossegaremos.
Porque não somos mais o sexo frágil, somos de fato o sexo superior. Um brinde à eterna desigualdade.
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